Olá! Eu sou a LuWa
Em um domingo de 1999, ao terminar o dia, de repente me lembrei que ainda precisava preparar as malas para a viagem que faria no dia seguinte. Na época eu morava em Recife e trabalhava em uma multinacional de auditoria e estava sempre viajando. Naquele momento senti um aperto no meu peito e percebi como era grande a angústia que tomava conta de mim na véspera do início de mais uma semana. Eu estava sob um estado de grande estresse. Queda de cabelo, unhas quebradiças e por aí vai…
Minha sábia mãe, percebendo o nível de stress que eu me encontrava, assim que tirei umas férias, prontamente me matriculou em um curso de pintura em tecido sem nem me consultar! As mães sabem das coisas… A paixão pela pintura foi avassaladora e a magia das cores nunca mais me abandonou. Embora paradoxal, trabalhar o dia inteiro, fazer faculdade à noite e pintar de madrugada foi o que me deu vida e entusiasmo novamente.
Em pouco tempo organizei minha primeira exposição de cortes de tecido pintado para saias e fiz ótimas vendas para as amigas. Foi natural que depois de alguns meses eu tomasse a decisão de me demitir, afinal, meu corpo pedia mais e mais arte!
No ano seguinte conheci o trabalho de Mila Andrade e foi aí começou minha história de amor com o batik.
Batik - do tecido para as telas
A primeira vez que vi o batik fiquei muito curiosa pois não conseguia entender como aqueles efeitos de sobreposição de cores aconteciam. Era um mistério pra mim. Um mistério fascinante. Só sosseguei quando convenci Mila a me ensinar essa técnica milenar.
Sua beleza tão especial se dá pelo efeito da sobreposição de camadas de cera derretida e tinta, que resulta em nuances de cores únicas. Outra característica do batik é o movimento fluido já que, uma vez que a cera do tjantig (funil com um cabo de madeira e bico de cobre) toca a superfície, o movimento deve ser rápido e contínuo.
Embora seja uma técnica feita para tingimento sobre o tecido, sentia o desejo de pintar quadros em telas de pintura. Por isso, adaptei o batik dos tecidos para as telas e até hoje, mais de 2 décadas depois, essa é a técnica que utilizo em quase todos os meus trabalhos.
Arte com Alma
Mas essa técnica fascinante é apenas uma parte do meu trabalho. A outra parte fundamental é o SENTIMENTO.
Aprendi com meu mestre espiritual que a arte tem o poder de transformar o sentimento de quem a aprecia pois o apreciador se conecta com o sentimento do artista.
É claro que cabe ao artista se empenhar em cultivar sentimentos nobres para que sua arte promova um efeito positivo no indivíduo, nos lares e em grande escala, na sociedade.
Por isso, em cada pintura que faço, entre uma pincelada e outra eu sempre desejo que a minha arte além de trazer beleza possa realmente fazer uma diferença positiva para quem a contempla.
Minha missão enquanto artista é contribuir com a contrução de um mundo melhor trazendo mais cor, mais alegria e luz para os lares através do meu trabalho.
Arte além das telas
Quando eu era adolescente comprei um caderno do Romero Britto. Foi a primeira vez que vi uma capa de caderno com uma pintura de um artista. Achei aquilo muito democrático. Mesmo que a pessoa não pudesse ter um quadro, ela poderia ter a obra do artista num caderno!
Muitos anos depois, quis o destino que eu encontrasse com o próprio Romero Britto quando me mudei e comecei a expôr em São Paulo e ele comprasse um produto meu! Mais do que isso, recebi o convite para expôr em sua Galeria, na época situada na Oscar Freire, e foi um grande marco na minha carreira.
Acho que foi esse bendito caderno que me motivou a sempre desejar ter minha arte em objetos e acessórios e tive a comprovação disso quando em 2009 recebi um convite de uma estilista para fazer a estamparia de sua nova coleção. Ah… que sensação gostosa que foi subir na passarela com ela no final do desfile. Esse foi o meu reencontro com a moda (comecei vendendo cortes de tecido, lembram?) só que agora eram estampas corridas não mais pintadas a mão e sim estampadas industrialmente.
Do desfile para cá, a moda sempre esteve presente no meu trabalho. Comecei a estampar lenços de seda pura industrialmente que me renderam muitos trabalhos e atualmente tenho uma coleção de kimonos de viscose sustentável.
Outra forma que encontrei de espalhar minha arte pelo mundo (e que eu curto demais), foi através dos trabalhos corporativos que tenho desenvolvido ao longo de minha carreira.
Ufa! Agora que você já me conhece melhor, fique a vontade para entrar em contato em caso de dúvidas! Espero sinceramente que minha arte possa fazer parte do seu dia a dia, seja na forma de tela ou acessório, te trazendo muita alegria e bons sentimentos para você e o seu ambiente!